Em geral, esses casos terminam sem a identificação de quem divulgou as imagens e com a culpa sobre as vítimas do vazamento.

Em entrevista a Carlos Aros, a psicóloga Paula Napolitano defende que os jovens sejam educados sobre a utilização e os perigos dessas ferramentas.

"A gente tem que reforçar o que é do foro íntimo", diz Paula.

Já o especialista em direito digital, Victor Haikal, afirma que a definição de culpa nestes casos é muito mais delicada.

Falando a Anchieta Filho, o advogado diz que quem teve as imagens íntimas divulgadas sofre, além da exposição, com a quebra de confiança.

"Ela se sente violentada pelo menos em dois aspectos: ela tem a imagem do seu corpo divulgada da maneira que não gostaria e ela tem a confiança abalada", avalia Haikal.

No caso da universitária de São Paulo, foi possível identificar os grupos que publicaram as fotomontagens, ambos relacionados a estudantes do Mackenzie.

Além da ação contra o aplicativo, há inquérito em andamento e um processo criminal será ajuizado, acusando os envolvidos por calúnia e difamação.


*Jovem Pan